Dia Mundial da Água 2015 (PORT)

    Cartaz DMA 2015 (sem logo UFSC)

    O DIA MUNDIAL DA ÁGUA: Um dia para comemorar, um dia para mudar, um dia para se preparar.

    O Dia Mundial da Água é marcado em 22 de Março de cada ano. É um dia para celebrar a água. É um dia para fazer a diferença para os membros da população mundial que sofrem de problemas relacionados com a água. É um dia para se preparar para a forma como iremos gerir a água no futuro.

    Em 1993, a Assembléia Geral das Nações Unidas designou 22 de março como o primeiro o Dia Mundial da Água. 22 anos depois, o Dia Mundial da Água é comemorado em todo o mundo brilhando os holofotes sobre um tema diferente a cada ano.

    Em 2015, o tema do Dia Mundial da Água é “Água e Desenvolvimento Sustentável”. É sobre como a água  se liga com todas as áreas que precisamos considerar para criar o futuro que queremos.

    A cada ano, UN-Water fornece recursos para inspirar as celebrações do Dia Mundial da Água.

    ONU-ÁGUA: Onu-Água é o instrumento inter-agências de coordenação das Nações Unidas para a água doce e saneamento.

    Muitas organizações da ONU trabalham em questões de água – a distribuição de água potável durante desastres; a proteção de ecossistemas; a certificação de que a água é de qualidade suficiente; verificando a suficiência de  infra-estrutura de água para as nossas cidades; medindo o progresso do acesso ao saneamento; procurando como teremos água suficiente para fazer comida…. A lista é longa!

    Muitas organizações ao redor do mundo também trabalham sobre estas questões. Para serem mais forte, mais eficazes e terem o maior impacto possível, estas organizações se reúnem para trabalhar através de ONU-Água.

    Para o Dia Mundial da Água, a ONU-Água identifica os desafios futuros e define os temas para os próximos anos. O Dia Mundial da Água 2016 será em torno de ‘Água e Emprego’. Em 2017, será em torno de ‘Águas Residuais’ e em 2018 será em torno de ‘Soluções para a água baseadas na natureza’.

     

    Um dia para a água e água para o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

     Água é saúde: LAVAR AS MÃOS PODE SALVAR SUA VIDA

    Água é natureza: OS ECOSSISTEMAS SÃO A BASE E O CORAÇÃO DO CICLO GLOBAL DA ÁGUA.

    Água é urbanização: TODA SEMANA, UM MILHÃO DE PESSOAS SE MUDA PARA AS CIDADES.

    Água é indústria: MAIS ÁGUA É USADA PARA A FABRICAÇÃO DE UM CARRO DO QUE PARA ENCHER UMA PISCINA SEMI-OLÍMPICA.

    Água é energia: ÁGUA E ENERGIA SÃO AMIGOS INSEPARÁVEIS.

    Água é alimento: PARA PRODUZIR UM KILO DE CARNE BOVINA VOCÊ PRECISA DE 15 000 LITROS DE ÁGUA.

    Água é igualdade: A CADA DIA AS MULHERES GASTAM MILHÕES DE HORAS PARA  TRANSPORTAR ÁGUA.

    A HUMANIDADE PRECISA DE ÁGUA
    Uma gota de água é flexível.
    Uma gota de água é poderosa.
    Uma gota de água está em demanda.

    A água está no centro do desenvolvimento sustentável. Os recursos hídricos, bem como a gama de serviços que prestam, apoiam a redução da pobreza, o crescimento econômico e sustentabilidade ambiental. A partir de segurança alimentar e energética para a saúde humana e ambiental, a água contribui para melhorias no bem-estar social e crescimento inclusivo, afetando os meios de subsistência de bilhões de pessoas.

    A água é saúde: Lavar as mãos pode salvar sua vida.
    A água é essencial para a saúde humana. O corpo humano pode durar semanas sem comida, mas apenas alguns dias sem água. A água é essencial para a nossa sobrevivência. Lavar as mãos regularmente, por exemplo, é uma das melhores maneiras de eliminar germes, evitar ficar doente, e prevenir a propagação de germes para outros. Até um trilhão de germes podem viver em um grama de fezes.
    O corpo humano possui, em média, entre 50 e 65% de água. Os bebês têm a maior porcentagem de água; recém-nascidos são 78% água. Cada dia, cada pessoa precisa de acesso à água para beber, cozinhar e higiene pessoal. A água é essencial para os serviços de saneamento que ajudam a não comprometer a saúde ou dignidade humana. A Organização Mundial de Saúde recomenda 7,5 litros por pessoa por dia para atender aos requisitos da maioria das pessoas na maioria das condições. Uma maior quantidade, de cerca de 20 litros por pessoa por dia, poderá melhor cuidar das necessidades básicas de higiene e limpeza dos alimentos.
    Apesar dos avanços impressionantes feitos ao longo da última década, 748 milhões de pessoas ainda não têm acesso a uma fonte segura de água potável e 2,5 bilhões de pessoas ainda não usam um serviço de saneamento adequado. Investimentos em serviços de água e saneamento resultam em ganhos econômicos substanciais. A taxa de retorno sobre o investimento financeiro para se alcançar o acesso universal a um saneamento adequado foi estimado em 5,5 para cada unidade monetária investida, enquanto que para o acesso universal de fontes seguras de água potável a taxa de retorno foi estimada em 2 para 1. Para atender todas as pessoas em todo o mundo com água potável e saneamento o custo estimado é de US$ 107 bilhões por ano ao longo de um período de cinco anos.

    A água é a natureza: Ecossistemas são a base e o coração do ciclo global da água.
    Ecossistemas – incluindo, por exemplo, florestas, pântanos e pastagens – são a base e o coração do ciclo global da água. Toda água doce, em última análise, depende do funcionamento continuo e saudável dos ecossistemas, e o reconhecimento do ciclo da água é essencial para a obtenção de uma gestão sustentável da água. No entanto, a maioria dos modelos econômicos não valoriza os serviços essenciais prestados pelos ecossistemas de água doce. Isto leva à utilização não sustentável dos recursos hídricos e à degradação dos ecossistemas. Por exemplo, o rio Okavango, na África, é um dos últimos ecossistemas virgens da terra. Poluição por esgotos domésticos e industriais sem tratamento e escoamento superficial agrícola enfraquece a capacidade do ecossistema de prestação de serviços relacionados com a água.
    Há uma necessidade de se deslocar para as políticas econômicas ambientalmente sustentáveis a consideração de se levar em conta a interligação entre os sistemas ecológicos. Um desafio é manter uma relação benéfica entre as infra-estruturas construídas pelas sociedades e as da própria natureza, com a continuidade do fornecimento de seus respectivos serviços ambientais.
    Argumentos econômicos podem promover a preservação de ecossistemas relevantes para os decisores e planificadores. A valorização dos ecossistemas demonstra que os benefícios excedem em muito os custos de investimentos relacionados com a água na conservação do ecossistema. A valorização também é importante para avaliar as compensações na conservação dos ecossistemas, e pode ser usado para informar melhor os planos de desenvolvimento. A adoção de métodos de ‘gestão baseada nos ecossistemas’ é fundamental para garantir a sustentabilidade da água em longo prazo.

    Água é urbanização: Toda semana, um milhão de pessoas muda-se para cidades.
    Hoje, uma em cada duas pessoas no planeta vive em cidades. E cidades do mundo inteiro estão crescendo a um ritmo excepcional: 4 pessoas se mudaram para cidades no tempo que você levou para ler esta frase. 93% da urbanização ocorrem em países pobres ou em desenvolvimento, e quase 40% da expansão urbana do mundo é crescimento de favelas. As projeções mostram que mais de 2,5 bilhões de pessoas vão se deslocar para os centros urbanos até 2050. O relatório de 2014 do “World Urbanization Prospects” elaborado pela Divisão de População das Nações Unidas, ONU- DESA, observa que o maior crescimento urbano terá lugar na Índia, China e Nigéria.
    “Gerenciar áreas urbanas tornou-se um dos mais importantes desafios do desenvolvimento no século 21. O nosso sucesso ou fracasso na construção de cidades sustentáveis será um fator decisivo para a implantação da agenda de desenvolvimento pós-2015 das Nações Unidas”, disse John Wilmoth, Diretor da Divisão de População da ONU-DESA. Milhares de quilômetros de tubulações compõem a infra-estrutura dos sistemas de abastecimento de água das cidades. Muitos sistemas antiquados perdem mais água doce tratada do que a recebida pela população. Em muitas cidades de crescimento rápido (cidades de pequeno e médio porte, com população inferior a 500 mil), a infra-estruturas de coleta e tratamento de esgotos e águas residuais é inexistente, inadequadas ou desatualizadas.

    Água é indústria: Mais água é usada para fabricar um carro do que para encher uma piscina semi-olímpica.
    Todos os produtos fabricados requerem água. Alguns setores são de uso mais intensivos de água que outros. 10 litros de água são usados para fazer uma folha de papel. 91 litros são usados para fazer 500 gramas de plástico.
    A industrialização pode impulsionar o desenvolvimento através do aumento da produtividade, emprego e renda. Ela pode fornecer oportunidades para a igualdade de gênero e emprego dos jovens. No entanto, a prioridade da indústria é para maximizar a produção, em vez de buscar também a eficiência no uso da água e em sua conservação.
    A demanda global por água para a indústria deverá crescer 400% no período de 2000 até 2050. Este valor é muitas vezes maior do que em outros setores. Os principais aumentos estarão em países emergentes e em desenvolvimento. Muitas grandes empresas têm feito progressos consideráveis na avaliação e redução de seu consumo de água e de suas cadeias de suprimentos. As pequenas e médias empresas (PME) também estão enfrentando desafios semelhantes com respeito água, mesmo que em uma escala menor.
    Os negócios relativos a uma maior eficiência da água freqüentemente requerem uma compensação financeira. Isto porque o investimento em tecnologias de maior eficiência nos processos de tratamento ou de resfriamento de água pode exigir períodos de amortização mais longos do que os retornos imediatos de investimento alternativo de curto prazo na produção.
    Tecnologia e planejamento inteligente reduzem o uso de água, e podem melhorar a qualidade das águas residuais. Alguns fabricantes progressistas de têxteis introduziram tecnologia que garante que a água que sai da fábrica é tão ou mais limpa do que a água potável recebida da cidade. Grandes empresas de bebidas também estão melhorando a sua eficiência no uso da água e ao longo dos últimos 10 anos reduziram substancialmente a água utilizada em suas fábricas.

    Água é energia: Água e energia são inseparáveis.
    Água e energia são parceiros naturais. A água é necessária para gerar energia. A energia é necessária para fornecer água.
    Hoje mais de 80% da geração mundial de energia é por eletricidade térmica (carvão, gás, nuclear e óleo). A água é aquecida para criar o vapor para a movimentação dos geradores elétricos. Bilhões de litros de água são também necessários para o resfriamento. Isso implica na permanência da construção e utilização de usinas de energia menos eficientes e mais poluidoras, como, por exemplo, as usinas movidas a carvão. Apenas 16% da produção mundial de eletricidade são de origem hídrica. A construção prevista de 3700 grandes barragens pode mais do que dobrar a capacidade total de eletricidade de origem hidrelétrica dentro das próximas duas décadas.
    Novas tecnologias de produção de energia devem ser amplamente adotadas, em especial o resfriamento a seco e os de circuito fechado, que são muito mais eficientes. O uso de fontes alternativas de água, como o mar ou de águas residuais, oferece um grande potencial para reduzir as pressões sobre os recursos de água doce.
    A energia renovável vem de recursos que são naturalmente reabastecidos, como luz solar, vento, chuva, marés, ondas e calor geotérmico. Estas não requerem grandes quantidades de água doce. No entanto, a taxa de adoção dessas energias, hoje, continuam a ser marginal à escala global.

    Água é comida: Para produzir um kg de carne bovina você utiliza 15 000 litros de água.
    Cada americano usa 7.500 litros de água por dia, principalmente para a alimentação. Um litro de água é necessário para irrigar uma caloria de alimento. O uso ineficiente da água pode significar 100 litros para produzir uma caloria. A irrigação usa até 90% da água retirada em alguns países. Globalmente, a agricultura é o maior utilizador de água, responsável por 70% do uso total.
    Em 2050, a agricultura terá de produzir 60% mais alimentos no mundial, e 100% a mais nos países em desenvolvimento.
    O crescimento econômico e a riqueza individual estão mudando as dietas humanas de produtos com base no amido para o consumo de carne e lácteos, que exigem mais água. A produção de 1 quilo de arroz, por exemplo, requer cerca de 3.500 litros de água, enquanto um quilo de carne exige cerca de 15.000 litros. Esta mudança na dieta é o maior impacto sobre o consumo de água ao longo dos últimos 30 anos, e é provável que continue assim até o meio do século XXI.
    As taxas de crescimento atuais de demandas agrícolas sobre os recursos de água doce do mundo são insustentáveis. A utilização ineficiente de água para a produção agrícola esgota os aqüíferos, reduz o fluxo dos rios, degrada habitats de vida selvagem, e causou a salinização de 20% da área de terra irrigada global. Para aumentar a eficiência na utilização de água, a agricultura pode reduzir perdas de água e, mais importante ainda, aumentar a produtividade das culturas em relação à água.
    Com o aumento da agricultura intensiva, a poluição da água pode piorar. A experiência dos países de alta renda mostra que uma combinação de incentivos, incluindo regulamentação mais rigorosa, aplicação e subsídios bem orientados, pode ajudar a reduzir a poluição da água.

    Água é igualdade: A cada dia as mulheres usam 200 milhões horas para transportar água.
    Nas nações em desenvolvimento a responsabilidade pela coleta de água todos os dias recai desproporcionalmente sobre as mulheres e meninas. Em média, as mulheres dessas regiões passam 25 por cento do seu dia na coleta de água para suas famílias. Este é um tempo não utilizado num trabalho para melhorar a renda familiar, ou para cuidar da família ou para dedicar-se aos estudos e à escola. Os investimentos em água e saneamento mostram ganhos econômicos consideráveis. Cada dólar investido nesses serviços mostra um retorno entre US $ 5 e US $ 28.
    As mudanças climáticas afetam negativamente as fontes de água doce. As projeções atuais mostram que os riscos relacionados com a água doce podem subir significativamente com o aumento das emissões de gases de efeito estufa, exacerbando a competição por água entre todos os usos e usuários, afetando regionalmente o ciclo da água, a energia e a segurança alimentar. Combinada com a crescente demanda por água, isso irá criar enormes desafios para a gestão dos recursos hídricos.
    Desastres naturais são inevitáveis, mas muito pode ser feito para se reduzir o elevado número de mortes e destruição por eles causada. Atividades humanas inadequadas podem criar e acelerar o impacto dos desastres relacionados com a água. Essas ameaças têm aumentado com as mudanças climáticas e as atividades humanas por todo o nosso planeta. Mas com a preparação e o planejamento, mortes e destruição podem ser diminuídas. A comunidade mundial comprometeu-se com os princípios coerentes de prevenção e resposta aos desastres. A necessidade agora são as mudanças concretas e significativas para fazer isso acontecer.

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